terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
De amor, de sombra, de espíritos, da ilha e da fortuna
"Nasci no último quarto de uma casa sombria e cresci entre movéis antigos, livros em latim e múmias humanas, mas isso não conseguiu me fazer melancólica, porque vim ao mundo com um sopro de selva na memória". Basta ler o primeiro parágrafo de "Eva Luna" para perceber a grande influência do realismo fantástico na construção de Isabel Allende. Jornalista e escritora como García Márquez, a moça segue os passos da boa leva de escritores latino-americanos.
Nascida em Lima, capital do Peru, a 2 de agosto de 1942, Isabel Allende é filha de chilenos. É escritora, jornalista e professora. Já foi co-fundadora de uma revista feminista, editora de jornais e correspondente de televisão. Suas obras já foram adaptadas para o teatro, cinema e TV. "Eva Luna", "A casa dos espíritos" e "De amor e de sombra" são alguns deles. Sua primeira obra, "A casa dos espíritos", foi lançada em 1982. A versão cinematográfica é estrelada por Antonio Banderas.
Os romances de Allende são, normalmente, baseados em suas próprias experiências e no dia a dia das mulheres, misturando elementos mitológicos e realistas. O último que li foi "De amor e de sombra", em que Allende nos conta a história de amor entre dois jovens, Irene e Francisco, ela jovem jornalista, ele fotógrafo, em busca da verdade e do amor. Por trás de tanto amor, o livro traz os horrores durante um período sangrento da História do Chile – os anos de Pinochet no poder.
Fluente em inglês como segunda língua, conseguiu cidadania norte-americana em 2003, vivendo na Califórnia com seu marido americano desde 1989. Qualquer semelhança do nome com o presidente do Chile de 1970 a 1973, Salvador Allende, não é mera coincidência. Seu pai era primo legítimo de Salvador. A ligação política de Isabel e sua família é transparecida nos livros. Onde, muitas vezes, faz apologia ao período de ditadura militar. Na obra "De amor e de sombra", a relação da ditadura com as diferentes classes sociais é o pano de fundo para o enredo.
Um trecho da biografia da escritora em seu site: A coisa mais importante da minha vida aconteceu na câmara mais secreta do meu coração e não tem espaço certo numa biografia. Minhas conquistas mais significantes não são meus livros, mas o amor que partilho com poucas pessoas, especialmente minha família, e as maneiras que venho tentado ajudar os demais.
"When I was young, I often felt desperate: so much pain in the world and so little I could do to alleviate it! But now I look back at my life and feel satisfied because few days went by without me at least trying to make a difference".
Números:
19 livros, traduzidos para 35 idiomas
Mais de 57 milhões de cópias vendidas
50 prêmios em mais de 15 países
2 filmes internacionais
saiba mais: http://isabelallende.com/
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