quinta-feira, 25 de março de 2010

Folhas que o vento espalha...

Uma das coisas mais importantes para José foi o embasamento familiar que tinham. Do pai, Abraão, aprendeu a não mentir e não roubar. Ensinamentos que procura manter até hoje. José lembra, com carinho, o quanto o pai o valorizava e o incentivava. “Ele nunca me rebaixou, sabe?!”, diz. Para Giselda, a qualidade que mais prezava em seu pai era a humildade. Em sua mãe, era a determinação. “ela sabia o que queria e fazia o que queria”, ressalta. Considera sua mãe uma vencedora e um exemplo: “ela foi aprender a ler e a escrever em português com 50 anos”, diz orgulhosa. Albertina comenta diz que tinha uma relação muito boa com os pais. “eles eram meus amigos também”, diz. Além das virtudes, os pais passaram para os filhos o gosto pelo gamão, que jogavam sempre e o alto nível de colesterol, por temperarem tudo com manteiga da terra. “Mamãe gostava tanto que lambia as mãos de manteiga”, diz Giselda.
Numa cultura em que predomina o islamismo, o casal era católico romano praticante. Giselda lembra que todos os dias às seis da noite, na hora do anjo, os pais cantavam o terço. Quando tinha alguma visita, eles a convidavam a rezar com eles. “Se a visita não quisesse, eles pediam licença e iam rezar”, lembra Albertina.

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