quinta-feira, 25 de março de 2010

Especial Síria

Sessão culinária

Apaixonada por culinária, Nilza Baquit, esposa de José, aprendeu com a sogra os mais tradicionais pratos árabes. Como na cultura síria “a medida do amor é a medida do comer”, Nilza se preocupou em adaptar as receitas aprendidas para agradar o marido e os filhos. Inovadora e sempre atenta, adicionou temperos novos e deu seu toque especial.
O almoço em família que acontecia toda semana na casa da sogra continua acontecendo. Agora, é em sua própria casa. Nilza tem uma cozinheira que a ajuda em dias de almoço típico, mas ela faz questão de cuidar dos kibes sozinha. Os kibes são a comida que os filhos e netos mais gostam e nada melhor que uma comida feita com amor e cuidado. “Me acordo cinco da manhã para fazer os kibes”, fala Nilza. Faz de frango para o filho que não come carne bovina, faz com recheio de ovo de codorna (adaptação que aprendeu quando morou em Goiás), faz frito, ao forno, com recheio de castanha (que é o mais pedido). Nilza não faz o kibe cru. “A dona Rosa fazia muito, mas como o José não gostava, eu não me interessei em aprender”, explica.
O tabule, salada que leva alface, acelga, trigo fino cru, tomate, azeite, limão e sal, também leva cebola. Nilza não põe esse último tempero, pois o marido e os filhos não gostam. “Mas a dona Rosa colocava”, diz. O charuto, feito originalmente com folha de parreira, era feito com folha de couve ou com repolho. “Não tem parreira no Ceará, né?!”, explica. Nilza gosta de fazer com repolho, porque José gosta mais.
O tempero que dona Rosa mais usava era a manteiga da terra. Dona Nilza procura variar e experimentar novas combinações. Usa molho de soja, tabletes de tempero pronto. “Que ninguém saiba disso”, brinca.

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